Professora Maria Lúcia Pinto com suas alunas no colégio Doutor Inocêncio Góes

Catu A foto registra a atuação da professora Maria Lúcia Pinto com suas alunas no colégio Doutor Inocêncio Góes, em 1972, localizada na Avenida Padre Cupertino, em frente à Praça Duque de Caxias. Às mulheres estava reservado trabalhos relacionados aos cuidados, como a enfermagem, e aos trabalhos domésticos. A docência também entra nessa ceara. Mas a docência era uma das poucas atividades para as quais as mulheres tinham liberdade de atuação, ainda assim, o registro demonstra as transformações da sociedade, uma vez que a educação de garotas é fundamental para consolidar as liberdades das mulheres.

Créditos: Disponibilizada à página Catu Relíquias, foto cedida por Maria Lúcia Pinto.

Mulher negra acompanhando três crianças brancas em frente ao casarão das sete portas em 1953

O registro fotográfico apresenta uma mulher negra acompanhando três crianças brancas em frente ao casarão das sete portas em 1953, na comunidade de São Miguel. O trabalho do cuidado, responsabilidade das mulheres, neste caso, de uma mulher negra, era o mais comum para uma população que teve seus direitos de acesso e cidadania negados durante mais de 300 anos de escravização, e renegados durante o período Republicano instaurado em 1889.

Créditos: Disponibilizada ao site Catu Relíquias, foto cedida por Zenóbio Castro Filho.

 

10 garotas na comunidade de São Miguel em 1943

A foto apresenta 10 garotas, na comunidade de São Miguel em 1943. Algumas brancas e negras, a maioria de pele clara, na escola feminina com professora “Dinha Mãe”, prima da professora Geminiana Souza Assunção. A educação feminina, apesar de contribuir para a emancipação das mulheres, se pensarmos mais amplamente, tinha o objetivo de ensinar e transmitir valores do cuidado, o que de algum modo contribuía para uma manutenção das posições. Ainda assim, cumpriu papel fundamental para a emancipação feminina dentro das possibilidades do contexto.

Créditos: Disponibilizada ao site Catu Relíquias, foto cedida por Zenóbio Castro Filho.

 

Fazenda Modelo

Registro da Fazenda Modelo cujo objetivo inicial era a criação de gado. Foi construída no ano de 1894 durante a Primeira República, em articulação com o governo do estado que buscou incentivar a prática de outros modelos econômicos como a pecuária, como tentativa de reerguer a economia diante do declínio da cultura da cana-de-açúcar da região. Atualmente, a antiga Fazenda Modelo está localizado onde fica o Instituto Federal Baiano, campus Catu, localizado no bairro Barão de Camaçari, instituição que oferece cursos técnicos em agropecuária mantendo o nome e a referência que a pecuária que teve na cidade. O registro demonstra a longevidade e a perenidade da instituição secular e fundamental em muitos aspectos para o município de Catu. Demonstra ainda as grandes transformações pelas quais a instituição passou ao longo dos anos; se a princípio era um curso predominantemente masculino, revelando a estrutura patriarcalizada da sociedade, ao longo do tempo a instituição foi se modificando, diante das demandas sociais e culturais do país, e atualmente os cursos integram diversos gêneros em sua estrutura de aprendizagem.

Créditos: Disponibilizada à página Catu Relíquias, foto cedida por Marcelo Oliveira.