Imagem que provavelmente foi tirada na década de 30 representando a feira livre que antigamente se localizava na Praça Lourenço Oliveiri. Ela tinha uma grande importância para a economia da época, já que a cidade dependia bastante deste recurso para o sustento familiar. Uma grande crise impactou no funcionamento da feira, tendo sua dinâmica reestabelecida com a chegada da Petrobrás no município, que enriqueceu a população e aumentou o tamanho do mercado.
Nove vaqueiros na década de 60
Em registro da década de 60, é possível visualizar nove vaqueiros. Ao menos 6 são identificáveis: Tavo; Zé Bia; e Odorico da Fazendo Calolé. Outros são: Everaldo e Portfário da Fazenda Sapucaia; e Francisquinho de Zé Bia. Ambas as fazendas estão localizadas na zona rural de Catu. Na Catu ainda rural dos anos 1960, mesmo dividindo espaço com os poços de Petróleo que surgiam de forma acelerada, o trabalho no campo ainda era fundamental para a dinâmica da sociedade Catuense.
Créditos: Disponibilizada ao site Catu Relíquias, foto cedida por Carlos Barbosa.
Sonda de exploração de petróleo
Francisco Paula de Medeiros (de calça branca, de costas) e Florisvaldo Cruz (mestre de perfuração) em Catu, Bahia, durante montagem de uma sonda terrestre, essa imagem pode nos servir de um divisor temporal, pois a partir daqui vemos Catu que anteriormente tinha sua economia movida por trabalho rural em sua grande maioria, iniciando um processo industrial que mudaria a cidade e a região até os dias de hoje . Sonda de exploração de Petróleo instalada na zona rural de Catu em 1954.
http://memoria.Petrobrás.com.br/
Feira livre de Catu, na década de 1930
O registro mostra a feira livre de Catu, na década de 1930, quando a atividade ainda se concentrava na Praça Lourenço Olivieri. A feira tinha importância central para a economia da época, uma vez que a cidade dependia bastante desses circulação para abastecer a cidade de víveres essenciais. A economia da cidade foi bastante impactada com a chegada da Petrobrás no município o que trouxe outra dinâmica para o mercado na cidade, pois circulava mais dinheiro aumentando a circulação de mercadorias. Como uma comunidade que experimentou a escravidão em seus engenhos, boa parte da população que comercializava na feira era negra, o que nos lembra o impacto da escravidão na comunidade, que perdura até os dias atuais.
Créditos: Disponibilizada ao site Catu Relíquias, foto cedida por Antônio Sérgio Farias.
Carro de boi transportando cana-de-açúcar para o engenho em São Miguel.
O registro sem data precisa, mas de algum momento da segunda metade do século XX, podemos observar um carro de boi, tipicamente conhecido pelo barulho produzido pelo atrito da madeira na estrutura da roda, transportando cana-de-açúcar para o engenho em São Miguel. Não é possível saber ao certo o engenho, tendo em vista que em São Miguel possuía 7 engenhos. O registro revela as possibilidades de existência de pessoas negras, num país que experimentou mais de 300 anos de escravidão.
Créditos: Disponibilizada à página Catu Relíquias, foto do acervo pessoal da Sr. Maria Anunciação Borger, cedida por @cenóbio_castro.
Foto do cotidiano em São Miguel Inácio em meados do século XX.
Foto do cotidiano em São Miguel Inácio em meados do século XX. Na foto, observamos uma barbearia improvisada, estruturada por uma tenda feita de madeira e telhas. Apesar da simplicidade, o registro demonstra com os trabalhadores engendravam possibilidades para cuidar da beleza e da saúde, demonstrando ainda que as classes subalternas também mobilizavam, à sua maneira, códigos e condutas de beleza e do belo.
Créditos da foto: Disponibilizada à página Catu Relíquias, foto do acervo pessoal de Josenias (em memória), cedida por @cenóbio_castro.
Fazenda Modelo
Registro da Fazenda Modelo cujo objetivo inicial era a criação de gado. Foi construída no ano de 1894 durante a Primeira República, em articulação com o governo do estado que buscou incentivar a prática de outros modelos econômicos como a pecuária, como tentativa de reerguer a economia diante do declínio da cultura da cana-de-açúcar da região. Atualmente, a antiga Fazenda Modelo está localizado onde fica o Instituto Federal Baiano, campus Catu, localizado no bairro Barão de Camaçari, instituição que oferece cursos técnicos em agropecuária mantendo o nome e a referência que a pecuária que teve na cidade. O registro demonstra a longevidade e a perenidade da instituição secular e fundamental em muitos aspectos para o município de Catu. Demonstra ainda as grandes transformações pelas quais a instituição passou ao longo dos anos; se a princípio era um curso predominantemente masculino, revelando a estrutura patriarcalizada da sociedade, ao longo do tempo a instituição foi se modificando, diante das demandas sociais e culturais do país, e atualmente os cursos integram diversos gêneros em sua estrutura de aprendizagem.
Créditos: Disponibilizada à página Catu Relíquias, foto cedida por Marcelo Oliveira.