Inauguração do pelotão da polícia militar no Centro Administrativo, Aruanha (Boa Vista), no ano de 1996

A fotografia registra a inauguração do pelotão da polícia militar no Centro Administrativo, Aruanha (Boa Vista), no ano de 1996, durante a gestão de Antônio Pena. Ação importante para a segurança do município, a cerimônia era assistida por cidadãos e cidadãs catuenses, dentre os quais havia crianças, idosos e trabalhadores. Apesar de ser uma ação fundamental para a segurança, não podemos deixar de notar a presença predominante do corpo de soldados ser masculina, apesar de a Polícia Militar contar com um grupo feminino, apenas no século XX, as regras de ingressos para mulheres se tornaram menos rígidas.

Créditos: Disponibilizada à página Catu Relíquias, foto cedida por Carlos Barbosa.

Professora Maria Lúcia Pinto com suas alunas no colégio Doutor Inocêncio Góes

Catu A foto registra a atuação da professora Maria Lúcia Pinto com suas alunas no colégio Doutor Inocêncio Góes, em 1972, localizada na Avenida Padre Cupertino, em frente à Praça Duque de Caxias. Às mulheres estava reservado trabalhos relacionados aos cuidados, como a enfermagem, e aos trabalhos domésticos. A docência também entra nessa ceara. Mas a docência era uma das poucas atividades para as quais as mulheres tinham liberdade de atuação, ainda assim, o registro demonstra as transformações da sociedade, uma vez que a educação de garotas é fundamental para consolidar as liberdades das mulheres.

Créditos: Disponibilizada à página Catu Relíquias, foto cedida por Maria Lúcia Pinto.

Nove vaqueiros na década de 60

Em registro da década de 60, é possível visualizar nove vaqueiros. Ao menos 6 são identificáveis: Tavo;  Zé Bia; e Odorico da Fazendo Calolé. Outros são: Everaldo e Portfário da Fazenda Sapucaia; e Francisquinho de Zé Bia. Ambas as fazendas estão localizadas na zona rural de Catu. Na Catu ainda rural dos anos 1960, mesmo dividindo espaço com os poços de Petróleo que surgiam de forma acelerada, o trabalho no campo ainda era fundamental para a dinâmica da sociedade Catuense.

Créditos: Disponibilizada ao site Catu Relíquias, foto cedida por Carlos Barbosa.

Mulher negra acompanhando três crianças brancas em frente ao casarão das sete portas em 1953

O registro fotográfico apresenta uma mulher negra acompanhando três crianças brancas em frente ao casarão das sete portas em 1953, na comunidade de São Miguel. O trabalho do cuidado, responsabilidade das mulheres, neste caso, de uma mulher negra, era o mais comum para uma população que teve seus direitos de acesso e cidadania negados durante mais de 300 anos de escravização, e renegados durante o período Republicano instaurado em 1889.

Créditos: Disponibilizada ao site Catu Relíquias, foto cedida por Zenóbio Castro Filho.

 

10 garotas na comunidade de São Miguel em 1943

A foto apresenta 10 garotas, na comunidade de São Miguel em 1943. Algumas brancas e negras, a maioria de pele clara, na escola feminina com professora “Dinha Mãe”, prima da professora Geminiana Souza Assunção. A educação feminina, apesar de contribuir para a emancipação das mulheres, se pensarmos mais amplamente, tinha o objetivo de ensinar e transmitir valores do cuidado, o que de algum modo contribuía para uma manutenção das posições. Ainda assim, cumpriu papel fundamental para a emancipação feminina dentro das possibilidades do contexto.

Créditos: Disponibilizada ao site Catu Relíquias, foto cedida por Zenóbio Castro Filho.

 

Feira livre de Catu, na década de 1930

O registro mostra a feira livre de Catu, na década de 1930, quando a atividade ainda se concentrava na Praça Lourenço Olivieri. A feira tinha importância central para a economia da época, uma vez que a cidade dependia bastante desses circulação para abastecer a cidade de víveres essenciais. A economia da cidade foi bastante impactada com a chegada da Petrobrás no município o que trouxe outra dinâmica para o mercado na cidade, pois circulava mais dinheiro aumentando a circulação de mercadorias. Como uma comunidade que experimentou a escravidão em seus engenhos, boa parte da população que comercializava na feira era negra, o que nos lembra o impacto da escravidão na comunidade, que perdura até os dias atuais.

Créditos: Disponibilizada ao site Catu Relíquias, foto cedida por Antônio Sérgio Farias.

 

Carro de boi transportando cana-de-açúcar para o engenho em São Miguel.

O registro sem data precisa, mas de algum momento da segunda metade do século XX, podemos observar um carro de boi, tipicamente conhecido pelo barulho produzido pelo atrito da madeira na estrutura da roda, transportando cana-de-açúcar para o engenho em São Miguel. Não é possível saber ao certo o engenho, tendo em vista que em São Miguel possuía 7 engenhos. O registro revela as possibilidades de existência de pessoas negras, num país que experimentou mais de 300 anos de escravidão.

Créditos: Disponibilizada à página Catu Relíquias, foto do acervo pessoal da Sr. Maria Anunciação Borger, cedida por @cenóbio_castro.

Foto do cotidiano em São Miguel Inácio em meados do século XX.

 

Foto do cotidiano em São Miguel Inácio em meados do século XX. Na foto, observamos uma barbearia improvisada, estruturada por uma tenda feita de madeira e telhas. Apesar da simplicidade, o registro demonstra com os trabalhadores engendravam possibilidades para cuidar da beleza e da saúde, demonstrando ainda que as classes subalternas também mobilizavam, à sua maneira, códigos e condutas de beleza e do belo.

Créditos da foto: Disponibilizada à página Catu Relíquias, foto do acervo pessoal de Josenias (em memória), cedida por @cenóbio_castro.

Fazenda Modelo

Registro da Fazenda Modelo cujo objetivo inicial era a criação de gado. Foi construída no ano de 1894 durante a Primeira República, em articulação com o governo do estado que buscou incentivar a prática de outros modelos econômicos como a pecuária, como tentativa de reerguer a economia diante do declínio da cultura da cana-de-açúcar da região. Atualmente, a antiga Fazenda Modelo está localizado onde fica o Instituto Federal Baiano, campus Catu, localizado no bairro Barão de Camaçari, instituição que oferece cursos técnicos em agropecuária mantendo o nome e a referência que a pecuária que teve na cidade. O registro demonstra a longevidade e a perenidade da instituição secular e fundamental em muitos aspectos para o município de Catu. Demonstra ainda as grandes transformações pelas quais a instituição passou ao longo dos anos; se a princípio era um curso predominantemente masculino, revelando a estrutura patriarcalizada da sociedade, ao longo do tempo a instituição foi se modificando, diante das demandas sociais e culturais do país, e atualmente os cursos integram diversos gêneros em sua estrutura de aprendizagem.

Créditos: Disponibilizada à página Catu Relíquias, foto cedida por Marcelo Oliveira.