A Revista do Centenário foi publicada na ocasião do aniversário de cem anos do município de Catu e trás notícias gerais sobre o município (aspectos históricos, geográficos, econômicos, culturais e sociais). Percebe-se na leitura da revista uma intensa vontade de mostrar Catu como uma cidade prospera e voltada para o futuro, tendo na exploração do Petróleo que estaria transformando a localidade na terra do “ouro negro”. A foto trás a capa da revista uma gravura do mapa da Bahia sendo perpassada pelas torres petrolíferas e pela oleoduto rumo a tão sonhada modernidade.
Presidente Affonso Penna
Ano de 1906, na imagem, o presidente eleito, Affonso Penna se faz presente na estação ferroviária da Vila de Santana (atual cidade de Catu) quando estava viajando pelo país. Neste caso específico, estava indo para Juazeiro, final de linha da ferrovia, no mês de Novembro, antes de sua posse, tal imagem representa a importância desta linha de transporte para o município catuense.
Pecuária em Catu
A Fazenda Modelo de Criação foi construída no ano de 1894, durante a Primeira República. O governo do estado buscou incentivar a prática de outros modelos econômicos como a pecuária, como alternativa ao declínio da cultura da cana-de-açúcar na região. Hoje em dia o local que aparece na imagem encontrasse em ruínas.
Piquenique organizado pelo Barão de Camaçari
Foto Gravura retrata o Convescote (piquenique) oferecido pelo Barão de Camaçari (sentado ao centro na cadeira de vime) em 30 de março de 1910, no bosque buracica, que ficava as margens da linha férrea e do rio do Catu, provavelmente no atual bairro do Mucambo. Do evento participaram membros da elite local e de Salvador. As festas e atividades recreativas eram comumente realizada pela elite catuense que, na Primeira República, já não gozava do mesmo poder econômico que gozara nas épocas do Império, mas que ainda detinham poder político e social.
Fonte: Revista do Brasil, 1910.
Estação ferroviária de Catu
Estação original de Catu, provavelmente no início do século 20, pois os trilhos em primeiro plano ainda possuíam bitola larga de 1,60m, que foram reduzidos para métrica. A passagem da linha férrea na cidade, ainda nos tempos do Império, impulsionou o seu crescimento e possivelmente influenciou até mesmo a sua emancipação política uma vez que facilitava a circulação de bens e pessoas diretamente para a capital (Acervo Antônio Sergio Faria de Souza).
Rua do comércio, povoado do Catu
Rua do Comércio do povoado do Catu em 1860. Essa imagem data de meados de 1860 e foi também eternizada pelo fotografo britânico Benjamin Mulock, em sua viagem com os objetivos referentes as possibilidades da construção ferrovia e sua passagem pela Villa. Essa fotografia nos mostra Santana do Catu por um ponto de vista mais amplo, no qual podemos analisar sua extensão e a arquitetura do local. (Fonte: MULOCK, Benjamin. Collection Vignoles of Institution of Civil Engineers, London, ICE Acc 1335).
Vila de Santana do Catu
A imagem a seguir é de 26 novembro de 1860, 38 anos após a independência do país. Tal fotografia foi tirada pelo fotografo Britânico Bejamin Mulock, em sua estadia no país. Nas suas fotos sobre o Brasil, visava fotografar locais que pudessem ser propícios para a construção da ferrovia que ligaria a cidade de Salvador com a cidade de Alagoinhas. A construção da linha férrea e a sua passagem por Santana do Catu, possibilitou a expansão de engenhos de cana de açúcar e da produção do fumo e da mandioca, pois a facilidade trazida pelo transporte do trem tornava o escoamento da produção para Salvador mais fácil e barata.
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Rooselvelt Reis; Tiago Amorim; Cyro Deocleciano R. Pessoa Jr.: Estradas de Ferro do Brazil, 1886, Euclides da Cunha: Diario de uma expedição, Alagoinhas, 31 de agosto (de 1897), O Estado de S. Paulo, 1897; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiro, vol. XX, 1958; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-84;Mapa – acervo R. M. Giesbrecht)
Casa Grande do Engenho Api, Freguesia do Catu
Pintura do ano de 2009 representando a Casa-Grande do Engenho Api, zona rural Catu (região de São Miguel). Nessa época havia uma grande produção canavieira cultivada por mão-de-obra formada por homens e mulheres escravizados. A produção de cana era exportada pelos senhores-de-engenho. A casa-grande pode ser considerada um dos símbolos do poder senhorial, da escravidão e do Brasil Império.
Casa-Grande do Engenho Api, Freguesia do Catu. Fonte: Azevedo, Esterzilda Berenstein de. Engenhos do Recôncavo Baiano. Brasília, Iphan/Programa Monumento, 2009. p. 102.
São José
São José, padroeiro do distrito de Sítio Novo, que, assim como Nossa Senhora de Santana começou a ser cultuado na região no do século XVIII.
São Miguel
São Miguel padroeiro da comarca/distrito de São Miguel, a imagem do Século XVII.